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quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Imprensa Tem Medo do Plebiscito! E Vai Atacar!

A imprensa já mostra de que lado está!
Desde o anúncio da proposta de convocar um plebiscito para a Reforma Política, a imprensa brasileira (com exceção do Jornal do Brasil e outros poucos) tenta sabotar o processo de organização da consulta popular.
Começou tentando mostrar que o governo está vacilante na decisão quando falou que a Constituinte havia sido descartada. Ao fazer isso, deixou de lado que o povo teria um papel mais determinante nos pontos principais da Reforma Política e deu espaço para opositores da proposta que, como se espera, atacou a iniciativa.O que está em jogo é a vontade popular e interesses "desconhecidos" que a grande parcela da classe política e a imprensa (infelizmente) tentam preservar!
Por que agem assim?
Por que agora aparecem com o referendo como opção?

Bom, aí vão algumas possibilidades:
1 - A adoção do Referendo seria uma tática pra deixar passar a pressão popular e o Congresso "esquecer" novamente que precisa votar o projeto. Com o Plebiscito, a participação popular não vai deixar os ânimos se acomodarem e a pressão sobre o Congresso vai se estender por mais tempo.
2 - Os grandes veículos de imprensa se concentram nas mãos de apenas 5 famílias, que representam interesses privados e são unânimes em suas opiniões (tanto que mudaram sua posição em relação aos manifestantes no mesmo tempo)
3 - Políticos são donos da maior parte dos meios de comunicação pelo Brasil (logo, seus interesses podem interferir na posição dos jornais).


Qual a tática que a imprensa adotará?!

Pra mim, a imprensa lançará mão de propaganda paranoica dos tempos da guerra fria.
No lugar dos Comunistas, serão "chavistas" ou "petistas". Afinal, não são eles a personificação de todo mal quando abrimos os jornais ou assistimos Arnaldo Jabor falando?

A tentativa de associar o plebiscito a um (pasmem) "Golpe Chavista" não é nem um pouco absurda quando se trata da mídia.
Essa paranoia já corre em páginas de extrema-direita (Fascista/Integralista) via figurinhas de facebook, em videos apocalípticos e não demora muito pra sair desse círculo restrito e ser abraçado por algum oportunista/desavisado nas redes sociais.

A entrada do ex-presindente Lula (aquele presidente que deveria ficar calado em um regime democrático... segundo a oposição e a imprensa) só vai inflamar mais os ânimos.
Eu arrisco prever que essa volta do Lula na cena política vai ser um divisor de águas.
Por que?
Porque agora a imprensa mostrará as garras e a briga (a luta de classes 2.0) tomará manchetes de jornais e de telejornais.
Diferença básica:
No oligopólio da mídia no Brasil, só a elite possui sua voz através das 5 família donas da mídia...
Os blogs, como Dom Quixote, tentam furar esse bloqueio do pensamento único!





Outra visão - Conceição Oliveira quem fala


Amigo cientista político que ainda tem paciência de assistir Jornal Nacional analisa como foi o enredo ontem e hoje:

Ato 1 - mostram Dilma titubeante
Ato 2 - entrevistam juristas (inclusive gente do STF) para dizer que as propostas dela de Constituinte e plebiscito são inviáveis e/ou desnecessárias
Ato 3 - apresentam as propostas da oposição. Ontem teve até um power point com umas 10 propostas do PSDB/DEM/PPS

Para quem quer fazer a análise com seus próprios olhos (e tem estômago para isso)
 http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/06/dilma-desiste-de-constituinte-para-tratar-da-reforma-politica.html
2º Ato: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/06/saiba-o-que-um-ex-um-atual-e-um-futuro-ministro-do-stf-pensam-sobre-um-plebiscito-para-reforma-politica.html
3º Ato: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/06/oposicao-apresenta-alternativas-para-medidas-sugeridas-por-dilma.html "
___________
Hummmm Isso porque para a Globo, STF e oposição ouvir o clamor das ruas é desnecessário, não é mesmo gente?

1) Admiro o estômago do meu amigo;
2) Admiro a insistência do governo em alimentar estes carniceiros
3) O povo nas ruas (coxinhas ou não) já espancaram até o único jornalista da Globo que presta (Caco Barcellos) e a Globo insiste em dizer por A mais B que ouvir o povo é ruim? Então tá.

domingo, 23 de junho de 2013

Luiz Carlos Azenha: A Mídia quer transformar a rebelião juvenil numa guerra contra o Estado




23 de Junho de 2013
Luiz Carlos Azenha, Via Facebook

Paulo Arantes dá uma entrevista ao Estadão que se encaixa naquilo que é atribuído ao Zizek: acima de tudo, propaganda da própria sofisticação intelectual. Que perde o ponto-chave: quem é que vai pagar por escolas, creches e hospitais padrão FIFA? A classe média entrou na luta para taxar a fortuna de seu ídolo, o Eike? Na luta para cobrar mais caro dos investidores do Bradesco que exportam minério de ferro brasileiro para a China a preço de banana? Contra a entrega de pedaços do pré-sal para as petroleiras? Espero que sim, mas desconfio que este surto de nacionalismo busca o mesmo estado "enxuto" do Reagan, com mais de 30 anos de atraso.
Tirar o estado "das costas" da classe média. Alguém acha que ele será colocado no lombo da turma da Veja? A Folha já deu que os meninos do MPL querem "expropriar" propriedade privada. Que horror! Merecem apanhar tanto quando os vândalos. A mídia quer transformar a rebelião juvenil numa guerra contra o estado. Para poder enfraquecê-lo mais ainda diante do poder das grandes corporações que exploram nossos recursos naturais. Para castrar completamente a capacidade de regulamentação dos bens públicos, como o espectro eletromagnético. Isso é essencial para os barões da mídia, já que eles usam um bem público para extorquir a cidadania. E para impor sua pauta, que é de redução dos direitos e programas sociais, precarização ainda maior do trabalho e da vida. Repito: quem vai pagar pelos hospitais, creches e escolas padrão FIFA? O dinheiro vai sair dos "patriotas" que batem no peito cantando "eu, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor"?
Não vão existir hospitais, creches e hospitais padrão FIFA se a turma da Veja vencer esta disputa: todos enrolados numa só bandeira, a do Brasil, defendendo os interesses de Wall Street.