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terça-feira, 2 de julho de 2013

Os "Donos do Poder" Unidos Contra o Plebiscito

Aqui pelo Faltando Teclas, já havia ventilado que a tática da imprensa e de outros que defendem a estrutura política tal como é hoje iriam iniciar uma investida contra o plebiscito para manter suas regalias atreladas a vícios antigos que geram críticas por grande parte da população que vê a classe política como corrupta, refém de empresários, não representativa das vozes populares e, por isso, falida.

Não demorou muito desde o último post para começarmos a ler nos jornais que uma tropa de choque começa a ser formada para fazer água na proposta do plebiscito. Por que?
Por que Gilmar Mendes (que a família parece mandar na política de Diamantino), Ayres Brito, Globo, Folha de São Paulo, PMDB, PSDB, DEM querem um referendo?

Deputados e Senadores não querem Plebiscito.
E o povo vai ficar de fora, mais uma vez?

Por que o medo do povo?


Breno Altman, do site Opera Mindi, e Paulo Moreira Leite, da Istoé, opinam que o medo do plebiscito está no maior poder que este possui em modificar essa estrutura "falida" e "corrupta" de forma mais efeitiva, pois parte do povo. Enquanto que, no referendo, os parlamentares apenas ajustariam essa estrutura para parecer melhor, porém com a raiz podre mantida.
Mas a árvore não se sustenta com a raiz podre!

Segundo Breno Altman: "Vozes mais afoitas do reacionarismo, especialmente na imprensa tradicional, rechaçam o plebiscito como “bolivariano” ou “chavista”, apesar desse instrumento estar previsto na Constituição.  Além de revelarem aversão à soberania das urnas, preferindo o cambalacho dos palácios, tornam pública sua intenção de defender o sistema eleitoral que mais lhes interessa."

Na mesma linha, Paulo Moreira Leite diz em seu blog na revista Istoé que "sem plebiscito, chega-se ao mais importante, que é manter o povo, impotente, fora dos debates. A reforma se resolve dentro dos muros do Congresso – e nós sabemos muito bem os interesses que prevalecem nessa situação. São os mesmos que prevaleceram até agora. Aí, se faz um referendo e todos voltam para casa depois de um piquenique no parque."

A paranoia de "golpe chavista" ou "golpe petista" um dia teria utilidade no nosso cenário político. Essa tática de se ver golpe até no Angry Birds, por ser um pássaro vermelho é antiga. Em 1964 também foi assim.
Porém, a História mostra que quem espalha o "medo" de golpe na sociedade tende a ser verdadeiro golpista.

Denúncias apontam que família Mendes manda na cena política da cidade de Diamantino (MT)
Declaração teria alguma relação com os interesses de políticos familiares?

A paranoia e o "aviso de amigos" saiu dos meios extremistas e começa a aparecer em correntes pelas Redes Sociais


Começou, nesta semana, as disseminações de alerta. "Plebiscito é golpe", dizem algumas figuras. "Plebiscito é Cheque em Branco", dizem outras repetindo a frase bombástica do ex-ministro queridinho dos noticiários Globais, Ayres Britto.

Junto a essas correntes no padrão "quem concorda, compartilhe", os Congressistas começaram o esperneio e tentam transformar o plebiscito em referendo!

Aécio Neves (PSDB) já disse que não apoia plebiscito. Da base governista, o presidente da câmara Henrique Alves (PMDB) foi na mesma linha e fala que apoia um referendo.

Manter as regalias e tudo como está é a tendência do Congresso. O golpe, portanto, parte do lado dos que gritam contra o plebiscito.

A tática é gerar o medo paranoico de golpe ou, no mínimo, falar em "armação petista" para manter a política como é.

Para quem acha que tá tudo calmo agora, peço que se informe melhor! Por baixo dos panos as peças não param de se movimentar...

A união de partidos de direita (PSDB, DEM, PPS, PMDB), da imprensa (que muitos veem como um partido, vulgo PIG*) e de figuras conservadoras da sociedade (incluindo o ilustre Gilmar Mendes) contra o plebiscito é suspeita. A nossa História recente nos mostra isso.

A Globo e outros jornais clamaram pelo golpe. Oposição e imprensa chamavam de democratas os golpistas e fez parcela considerável da população acreditar nessa conversa. Na mesma linha, fez o opinião pública amar Collor em 89, e, mais recentemente, levou a PEC 37 para as ruas (manipulando parcela considerável de brasileiros que nem ao menos sabiam do que se tratava a emenda, mas eram contra).

Não adianta apenas gritar "O povo não é bobo" nas ruas, quando dentro de casa se aceita (e acredita em) tudo o que a TV e os jornais dizem!



*Partido da Imprensa Golpista

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